21 de fev. de 2012

Resenha - Lerulian

Lerulian
Dan Albuk
Editora Novo Século

Sinopse: A história de Lerulian ocorre em um tempo e espaço imaginário, um lugar inspirado no Planeta Terra e habitado por milhares de criaturas fantásticas. O Livro narra o conflito do jovem ferreiro Vaan Sorg, que do dia para a noite é obrigado a sair da Cidade dos Homens a mando do Rei Ulgul Aisen e encontrar, na Cidade de Gravelt, um rapaz chamado Axel Amagog. Ao longo do caminho o rapaz encontra o mercenário exilado Rus Kaisir, que cumprindo ordens do Rei lhe entrega um pacote secreto que não deveria ser aberto por nenhum motivo até chegarem em Gravelt. Em pouco tempo, Sorg descobre que é uma peça essencial de um quebra-cabeça gigantesco, e nada é o que parece ser. É iniciada uma mortal corrida contra o tempo, onde uma espada decidirá quem irá ganhar ou perder. Alianças são formadas, cidades destruídas e amizades construídas ao longo do tempo. Em breve uma guerra estourará, e uma épica luta por poder, vingança e liberdade começará a ser travada pelo continente de Yvion. De que lado você está? Vida longa a Mão Branca!

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Há muitos anos a espada Lerulian corrompeu o espírito de Val-Grahn e se dividiu em duas partes que foram para partes distintas da Província de Ilen-Hol.
Depois de vários séculos uma parte da espada foi encontrada pelos povos inimigos dos moradores da Cidade dos Homens, os silcs, que vivem depois da Ponte Colossal.
Sorg, filho de um ferreiro não tem aparentemente nada com isso, certo? Aparentemente.
Depois que acontece um "acidente" na sua casa, ele foge para a Floresta Viva e lá recebe um recado para se encontrar com o rei Ulgul.
Do rei recebe uma missão de ir até Gravelt, para tentar se salvar.
No caminho, nosso jovem protagonista encontra vários amigos, mas, numa proporção bem maior, inimigos.
Será que Sorg consegue cumprir sua missão? Sobrevive para contar história?
Descubra isso e muito mais lento o livro Lerulian - A Queda da Cidade dos Homens.

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Estou nesse exato momento me perguntando por que demorei tanto assim para ler esse livro. Alguém aí tem uma resposta? Bem, vocês podem ter certeza que eu também não sei. o.O
Mas, independentemente do motivo, eu posso dizer que me arrependo muito, mais muito mesmo.
De alguma forma, Dan conseguiu, em poucas páginas, criar um mundo completamente novo. Criaturas novas, em um universo alternativo. E eu posso dizer que não é o primeiro livro que leio que contem esses elementos, O Nome do Vento também é assim. Não que eu goste de comparar livros, mas a base de ambos é a mesma: uma espécie de distopia com espadas, duelos e mortes.
A leitura flui rapidamente, eu li praticamente o livro todo hoje, ou ontem...
Os personagens são cativantes, e a cada página o autor faz com você apaixone ainda mais por Sorg e seus companheiros de viagem.
Dessa vez eu não tenho um personagem humano favorito. O personagem que eu mais gostei é um falcão peregrino chamado Yi. Pertence ao índio Ahranny, que se encontra com Sorg no meio da aventura.
E por falar nisso, preciso destacar que a aventura de Sorg e seus amigos é muito épica. Ele recebe uma missão do rei da Cidade dos Homens, precisa chegar até Gravelt o mais rápido possível, só que nada é tão fácil assim nos livros, não é verdade? Ele precisa passar pelo caminho mais longo em uma época que não existiam carros, se as pessoas precisavam chegar a algum lugar muito longe ou iam a pé ou a cavalo, só existiam essas duas opções. E como se isso já não bastasse, vários imprevisto acontecem o que duplica o tempo de viagem do jovem protagonista.
Mas pelo menos alguma coisa boa tem que acontecer não é verdade? Pois bem, no meio de sua jornada, Sorg conhece várias pessoas como Rus, Lothar, Null, Axel, Hélora, Ahranny, Ypê, Kayary e Kápua, além da loba Yuna e do falcão Yi.

"-Ei, Axel! - chamou Lothar. - Por que não tem um cajado daquele?
- E por que escolheu o chapéu? O cajado é muito mais imponente! Uma vez vi um feiticeiro na Cidade dos Homens, e o velho me deu medo só de apontar aquele troço para mim.
-Cajado é mania de velho - disse Axel com um suspiro. - Eles usam também como bengala.
- Um dia você ficará velho e não terá como se apoiar em um chapéu - falou Null logo atrás.
- Bem, aí eu pego a porcaria de um bambu, ou pedaço de madeira. E quando eu estiver velho, os jovens vão olhar para mim e falar: 'Nossa! Olha aquele feiticeiro! Aquele é o chapéu mais aterrorizante que eu já vi.'
Rus gargalhou alto.
- Eu quero viver para ver isso - riu o homem, alisando a grande barba vermelha."
Páginas 268 e 269.
Como sempre a diagramação da Novo Século é simples e clean, o que não polui a página e não deixa a leitura pesada.
Porém a Editora ainda comete alguns erros na revisão de seus livros, isso incomoda um pouco. Por ser uma editora conhecida, eu acredito que a revisão poderia ser mais cuidadosa.
Um aspecto que me chamou a atenção foi a presença de um mapa da Província de Ilen-Hol. Dá para ter uma noção da distância da jornada de Sorg por ele.

Nota:

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