6 de mai. de 2013

Resenha - Meu amor, meu bem, meu querido

Meu amor, meu bem, meu querido

Deb Caletti

Editora: Novo Conceito
Ano de Publicação: 2013
ISBN: 9788581631585
N° de páginas: 240
Comprar: Extra/Casas Bahia
Nota: ♥♥♥♥♥ (2/5)
Desafio: Desafio Realmente Desafiante 2013 - Item 9: Ler um livro cujo título tenha mais de 5 palavras.

Sinopse:
É verão no nordeste da cidade de Nine Mile Falls e Ruby McQueen, de 16 anos, comumente conhecida como A Garota Calada, está saindo com o maravilhoso, rico e louco por emoções Travis Becker. No entanto, Ruby está num beco sem saída e percebe que se arrisca cada vez mais quando está com Travis. Em um esforço para manter Ruby ocupada, sua mãe, Ann, a arrasta para o clube de leitura semanal que ela comanda. Quando descobrem que uma das criadoras do clube é a protagonista de uma trágica história de amor que estão lendo, Ann e Ruby planejam um encontro dos amantes de longa data. Contudo, para Ruby essa missão acaba sendo muito mais do que apenas uma viagem...

Sabe aquele típico livro que se lê em uma tarde, despretensiosamente, apenas pelo simples prazer de ler? Meu amor, meu bem, meu querido é exatamente esse tipo de livro.

O plot principal - ou pelo menos, principal no início - é o relacionamento de Ruby com Travis. Ele é o bad boy, ela a mocinha. Ele tem uma moto, ela apenas os livros e uma única amiga como companhia. Clichê detected!

Gente, mas o que é esse Travis? Ele não me convenceu nem um pouco. É digno de pena de morte andar de moto, sem capacete, e em alta velocidade. Enquanto assassinos e ladrões estão super-lotando as cadeias, esse tipo de criminoso está a solta. Fala sério? Quando ele aparecia, já dava para sentir a infantilidade chegando. Desnecessário, apenas desnecessário!

E o romance dos dois continua, até que Ruby participa, meio que forçada, de uma das reuniões das Rainhas Caçarolas, clube de leitura para idosos que sua mãe, Ann, comanda.

É a partir do momento que Ruby tem contato com todas as senhoras de cabelo branco e o único homem no meio de todas elas - que é obrigado a levar comida a todas as reuniões - que a história realmente decolou, pelo menos para mim. E o mais triste? Essa é a menor parte da história.

Nesse momento o livro deixa de focar em Ruby e passa a focar o grupo no geral. Não só nos dramas juvenis da protagonista, mas em histórias "verdadeiras". A história de Charles Whitney, o autor do livro que foi discutido pelas Rainhas Caçarolas, e o amor de sua vida há muito perdido, Rose.

Enquanto Ruby é insegura e muitas vezes infantil, os personagens secundários são divertidos e já viveram sua cota de imaturidade, se preocupando apenas com o valor da aposentadoria. Ruby nunca foi a melhor e mais bem construída personagem principal, mas os idosos são hilários.

"Agora, de uma coisa eu sei: somos todos um volume nas prateleiras da biblioteca de Nine Mile Falls, uma história sobre nós mesmos, impossível de descrever com uma só palavra, mas também não muito detalhada. Uma pessoa não é, nunca, tão calada ou incontida quanto parece, ou tão boa ou má, ou tão vulnerável ou forte, ou tão doce ou irascível; somos uma grossa camada de páginas cobertas por uma capa. E o amor não é um livro em si, mas a lombada. Pode nos separar ou unir. Minha mãe sempre diz que um livro vale mais do que um abraço forte, mas também que é preciso ser gentil com todos. Cuidar para saber onde coloca as mãos. Por sua natureza, todas as coisas em camadas são frágeis."
Página 229.

O final, assim como a maioria dos livros desse gênero, é bem previsível. Enquanto eu lia esse livro na aula, já sabia exatamente o que aconteceria até o final. Claro, todas as pontas são amarradas, inclusive uma bem engraçadinha, mas é previsível.

Se assim como eu, você não espera nada mais do que uma leitura para passar o tempo e se distrair, Meu amor, meu bem, meu querido é perfeito. Mas não vá com muita sede ao pote, pois as coisas só funcionam direito depois da página 100.


0 comentários:

Postar um comentário