18 de dez. de 2012

Resenha - A vez da minha vida

A vez da minha vida
Cecelia Ahern
Editora Novo Conceito

Sinopse: Certo dia, quando Lucy Silchester volta do trabalho, há um envelope de ouro no tapete. E um convite dentro dele para se encontrar com a Vida. Sua vida. Pode soar peculiar, mas Lucy leu sobre isso em uma revista. De qualquer forma, ela não pode ir ao encontro: está muito ocupada desprezando seu emprego, fugindo de seus amigos e evitando sua família. Mas a vida de Lucy não é o que parece. Algumas das escolhas que fez — e histórias que contou — também não são o que parecem. Desde o momento em que ela conhece o homem que se apresenta como sua vida, suas meias-verdades são reveladas totalmente — a não ser que ela aprenda a dizer a verdade sobre o que realmente importa. Lucy Silchester tem um compromisso com sua vida — e ela terá de cumpri-lo.

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Após me surpreender positivamente com a leitura de P.S. Eu te amo (Resenha - Promoção), eu tinha uma ideia do que esperar de A vez da minha vida. Porém, mais uma vez fui surpreendida.

Diferente de P.S. Eu te amo, A vez da minha vida não é tão meloso e choroso. Eu considero quase um chick-lit, mas não sei bem se ele se enquadra nesse tipo de literatura.

A vida de Lucy - nossa protagonista - era perfeita, não há outra definição. Ela tinha o namorado perfeito, o apartamento perfeito, o emprego perfeito e a relação com seus familiares era, digamos, tolerável. Porém, sua vida dá um giro de 180 graus quando ela termina com o namorado - ou o namorado termina com ela?

De qualquer forma, tudo, absolutamente tudo muda completamente. Ela tem que sair de seu apartamento perfeito, se demite - ou é demita? - de seu emprego perfeito, e a relação com seus pais, ou melhor dizendo, com seu pai, passa de tolerável, à "mantenha os dois em uma sala e o mínimo de prejuízo que terá, será um incêndio." O amor paternal é lindo! Sim, mas não tem nada de bonito entre esses dois.

Lucy se vê obrigada a se mudar para um apartamento que antes era um estúdio e acaba adotando um gato hermafrodita chamado Senhor Pan, mas que também gosta de ser chamado de nomes femininos. Tudo está razoavelmente estável, certo? Sim, só que não.

Nossa protagonista sabe a verdade a respeito de todos os seus problemas. Mas apenas ela e o gato sabem a verdade. Seus amigos pensam que ela terminou com Blake, ela se demitiu... Enfim, o mundo de Lucy é uma grande bola de mentiras que, a cada novo jantar com seus amigos, se torna ainda maior. E o pior de tudo, ela não consegue mais dizer uma única frase sem ter que parar e pensar em que mentira essa frase tropeçaria.

E como se já não bastasse, Lucy conseguiu um emprego, no qual traduzia manuais de produtos eletrônicos diversos. Nenhum problema, certo? Errado, de novo. Ela falava todas as línguas requisitas para se candidatar ao emprego, exceto uma: Espanhol. Porém, estava tudo resolvido, ela conhecia uma pessoa que falava espanhol fluente, então Lucy lhe pagava e essa pessoa traduzia. Mas, e se um dia ela precisasse do espanhol? É, pois é! A protagonista vive - como eu já disse anteriormente - em uma bola de mentiras.

Eis que surge a solução de seus problemas - ou o começo de mais alguns: Lucy recebe muitas cartas sendo convidada a se encontrar com sua Vida. Após ignorar a maioria delas, ela vai ao encontro, para provar de uma vez por todas que ela vive uma vida excelente. E quem ela esperava encontrar? Alguém bonito e saudável, mas essa definição difere um "pouquinho" de como sua vida realmente era.

"[...] E, de repente, lá estava ele. Minha vida. Escondido atrás de uma mesa horrorosa, rabiscando em um bloco de notas roto, de cabeça para baixo, com uma caneta que, pelos rabiscos constantes sobre a almofada, não estava funcionando. Ele usava um terno cinza amassado, uma camisa cinza e uma gravata cinza com a tripla espiral da vida em relevo sobre ela. Seu cabelo era preto, manchado com um pouco de cinza e desgrenhado, seu rosto mostrava a barba de alguns dias. Levantou os olhos da mesa, me viu, deitou a caneta, se levantou e, em seguida, esfregou as mãos em seu terno, deixando marcas úmidas e enrugadas, Tinha anéis pretos ao redor dos olhos, que estavam vermelhos, fungava e parecia que não dormia há anos."
Página 43.

É aí que tudo realmente começa. Vida aparece para ajudar Lucy a colocar sua vida nos eixos, deixando as mentiras de lado e se preocupando, principalmente com seu bem-estar.

Falando um pouco sobre a diagramação e impressão... A diagramação está ótima como sempre, com as páginas amareladas, e na abertura de cada capítulo espirais - que eu considero sendo as espirais da vida, como eu disse no trecho acima - além de uma letra ótima para se ler a qualquer hora do dia.

A única coisa que me incomodou um pouquinho foi a falta de uma revisão mais cuidadosa. No trecho que eu transcrevi havia um erro e ao longo do livro foi possível encontrar mais alguns. Não que atrapalhe a leitura, e nem que sejam erros tão absurdos, mas com uma leitura mais atenta é possível perceber isso.

No mais não tenho nada a reclamar de A vez da minha vida. É realmente um livro excelente, que faz rir, chorar, - sim eu chorei durante a leitura - ter muita raiva da Lucy, amar a Vida da Lucy, e o mais importante: aprender a amar a sua própria vida.


Nota: 


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